Cigarros eletrônicos são dispositivos criados com o objetivo de simular a sensação de fumar um cigarro comum e eles contêm apenas a nicotina, responsável pela dependência química. O cigarro eletrônico (conhecido também como e-cigarro) não possui alcatrão e o monóxido de carbono presentes nos cigarros tradicionais, substâncias capazes de causar diversas doenças, dentre elas o câncer de pulmão e de outros órgãos, mas libera outros tipos de substâncias também tóxicas à saúde.
2- DO QUE É COMPOSTO O CIGARRO ELETRÔNICO?
Na composição do cigarro eletrônico a nicotina é diluída em uma substância, habitualmente o propilenoglicol. Essa mistura costuma ser comprada em refis e armazenada em um reservatório (cartucho) presente no dispositivo. Esse reservatório está ligado a um vaporizador que transforma o líquido em fumaça. Na extremidade que corresponde ao filtro, o usuário pode tragar essa fumaça. No pólo oposto, acende-se uma luz do tipo LED sempre que o vaporizador é ativado.
A concentração de nicotina presente nesses reservatórios do e-cigarro costuma ser bem maior que aquela encontrada nos cigarros convencionais.
3- O CIGARRO ELETRÔNICO É ISENTO DE RISCOS À SAÚDE?
Não! Embora o propilenoglicol seja uma substância segura para a saúde humana, quando serve de diluente para a nicotina e é vaporizada e inalada, ela libera o formaldeído em concentrações de 5 a 15 vezes maiores do que encontradas nos cigarros tradicionais, reconhecidamente um agente capaz de provocar o câncer (cancerígeno).
4- QUAIS DOENÇAS O CIGARRO ELETRÔNICO PODE CAUSAR?
No curto prazo, o cigarro eletrônico pode levar a danos no sistema respiratório e cardiovascular. Por ser um produto relativamente novo da indústria do tabaco, desconhece-se ainda todos os danos que o cigarro eletrônico pode causar em longo prazo. Sabe-se que a composição do vapor do cigarro eletrônico contém substâncias derivadas de metais pesados, tais como Ferro, Alumínio e Níquel, que podem levar não só o câncer de pulmão, mas também o câncer dos seios da face, ao enfisema pulmonar e também à Fibrose Pulmonar.
5- OS CIGARROS ELETRÔNICOS PODEM SER USADOS PARA AJUDAR A PARAR DE FUMAR?
Os cigarros eletrônicos não devem ser utilizados em programas de cessação do tabagismo no lugar da terapia de reposição da nicotina devido às impurezas e às altas concentrações presentes de formaldeído, substância altamente cancerígena. Como o e-cigarro utiliza a nicotina, que é a substância persente no cigarro que causa a dependência, na verdade o fumante está trocando um vício pelo outro.
Até o momento não há estudos toxicológicos e testes científicos que comprovem que o cigarro eletrônico possa auxiliar na cessação do tabagismo ou que não possa trazer malefícios à saúde. Os e-cigarros representam um retrocesso com relação à política de restrição do fumo em ambientes fechados sob a falsa alegação de que não trazem prejuízos à saúde dos não-fumantes. Embora os cigarros eletrônicos sejam comercializados em diversos países do mundo, no Brasil sua venda é proibida pela Anvisa desde 2009.
